quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

55.

Ninguém tem mais poder que tu para interpretar estes signos. 
Sim, tu
Tu tu tu
E nem entendes nem sequer ideia. Tanta cambalhota acrobata virtuosismo desarticulado Desaguamento nesse non sense que nada assume não pode
É um claro que não
Ter de entrar em cada signo, interpretá-lo
Todo o futurismo, amor, já não é ingénuo, já nem sequer é futurista
Acabou e acabou - corta e cola na descoberta que já não há mais nada a destruir?
Foi tudo destilado pela bicheza parasitária do tudo que nos revolucionou 
Todos os comandos
Ironia? Medo nenhum da ironia. Ironia? Sim, tens medo, sim
Só que usá-la dentro do medo dá vitórias dá errado inventa purgatórios - desconheces? 
Um balão vazio que logo explode e em ti não há sequer queda, dissipas como um sabão quando não és
Nem isso
Medo? Queres o meu medo? Então está bem. Tenho medo
Da potência desse choque
Esse medo que dá não ver já o tijolo já partido 
Que é a única maneira de partir o bloco de gelo tijolo coito interrompido
Que só (o) dividido serve para erguermos nosso edifício 
Para nos erguermos 
Neste cada um a seu lado